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- A EPIDEMIA EBOLA:
DO
COMEÇO AO FIM:
SOBREVIVÊNCIA,
CURA E ESPERANÇA
Entenda um pouco sobre o vírus causador da doença
considerada por muitos a mais devastadora já descoberta na história da
humanidade.
“A
Libéria está dividida por uma cerca dupla laranja. Ela foi construída para
manter a doença sob controle, para nos separar (os saudáveis, os privilegiados)
deles (os doentes, os necessitados). Construímos a cerca para nos sentirmos
menos mortais”.
Ane
Fjeldsæter, Psicóloga, 31 anos
O vírus Ebola começa a se
disseminar em meio às células do fígado, pulmão, tecido linfático e baço,
causando danos significativos e as tão temidas hemorragias, que lhe são
estigmas, e que já tiveram suas causas explicadas em postagens anteriores. Logo
aparecem os primeiros sintomas, e ainda aí, devido a todo um mecanismo
bioquímico eficiente, o sistema imunológico atingido não tem noção de que está
sob ataque. Munido das proteínas e glicoproteínas próprias, o Ebola instala-se
eficientemente, burlando nossas defesas de forma engenhosa (leia mais sobre os
aspectos bioquímicos das doenças nas postagens 6, 7 e 8), e começando a agir
através de uma febre alta e repentina, dores musculares e na cabeça, inflamação
dos olhos, perturbações cerebrais, e em demais órgãos, diarréia, vômito,
dificuldade para respirar, erupções na pele, e muitos outros sintomas já
discutidos, que se seguem em uma longa lista, que torna o doente debilitado,
fraco, e principalmente, o priva do
carinho, e toque dos demais. Depois, como já se sabe, seguem-se as hemorragias
internas e externas, e a partir deste ponto o Ebola torna-se mais sombrio,
tanto pela rapidez com que se instala, como pelo sofrimento que provoca. O
nariz, a boca, e os olhos sangram, o cérebro começa a ser destruído, convulsões
epilépticas tem mais chance de ocorrer, a superfície da língua se desfaz, assim
como o revestimento da traquéia e da garganta, os rins sofrem perdas
funcionais, o fígado incha, a pessoa passa a vomitar sangue, com pedaços do
intestino, e então, a morte enfim chega, quase que como em resposta e dotada de
certa piedade, frente ao sofrimento.
Entretanto, mesmo diante de tudo
isso, há chances de cura, que derivam de uma luta veemente contra a morte,
vivenciada por pessoas que moram em países africanos assolados pela fome e
miséria, e com um atendimento médico precário e ineficiente, que felizmente,
diante da crise de Ebola deste ano, tem ganhado apoio internacional de
instituições, como o MSF, (Médicos Sem Fronteiras), que mesmo em meio a um
mundo frio, luta incessantemente para sanar esta Epidemia.
Sim, o Ebola é um
vírus muito letal, que mata, em média, 6 em cada 10 pacientes infectados, e é
verdade que já levou 4000 vidas e continua sendo uma enorme preocupação em todo
o mundo É verdade que a epidemia já levou mais de 4 mil vidas e continua sendo
uma enorme preocupação, mas há chances de sobrevivência, e mais: pessoas que
conseguem alcançar a cura, e a partir daí, inspiram a recuperação de pacientes,
e dão força para os profissionais de saúde continuarem lutando, e chegam até,
em alguns casos, a voltar aos centros de tratamento, e, como forma de
agradecimento por terem sido salvos, trabalham em prol da vida de outras
pessoas.
Hoje, na última postagem deste blog, depois de comentar bastante a
respeito do vírus Ebola, (descobrimento da doença, sintomas, contágio,
tratamento, sociedade africana, e muita bioquímica, dentre outros diversos
temas), iremos discutir um pouco sobre a cura desta doença, sobre a
sobrevivência e a esperança, e sobre todo o trabalho humanitário que muitas
instituições têm realizado, tendo tais palavras como base.
Ebola: A cura
Como já foi demonstrado
em postagens, anteriores, o Ebola possui mecanismos bioquímicos importantes que
lhe dão a garantia de burlar o sistema imunológico e atingir o organismo
humano. Como não existem medicamentos ou vacinas, a cura da doença depende
apenas do sistema imune de cada paciente, e da ajuda médica oferecida. Há,
entretanto, maior chances de sobrevivência caso o paciente esteja bem nutrido e
possua um organismo resistente, (o que infelizmente não é uma realidade muito
comum entre a maioria dos africanos e que os torna mais vulneráveis a qualquer
doença). Não existe remédio específico para curar o Ebola, mas o uso de alguns
medicamentos têm causado efeito positivo na cura desta doença, na medida em que
agem eliminando o vírus do organismo. Um bom exemplo é o ZMapp, que contém
anticorpos capazes de destruir o vírus, e tem obtido alguns bons resultados na
cura de macacos, e em um grupo pequeno de teste com pessoas, que ainda está em
fase de andamento.
O procedimento médico de
tratar o vírus Ebola, consiste talvez mais em cuidar do que em curar. A equipe de saúde tenta manter o paciente
confortável, administra medicamentos que controlam as dores, a febre e vômitos,
promovem hidratação para repor a perda de líquidos, e em um tratamento que
chega a durar um mês, tenta manter o doente isolado durante a batalha do
sistema imunológico do paciente contra o vírus. Depois de algumas semanas,
quando o paciente já está evoluindo para a cura, aparecem alguns sinais de
melhora, como a redução dos vômitos e diarréias, a recuperação do estado de
consciência, a diminuição da febre, e a diminuição do sangramento pelos olhos,
boca e nariz. Geralmente, após o tratamento e a cura, o paciente, ainda fica de
quarenta para garantir que o vírus Ebola foi realmente eliminado de seu
organismo. E mesmo na certeza da cura, como já foi debatido anteriormente, o
vírus ainda pode ser transmitido por contato sexual através do sêmen.
Em geral, os sinais de
piora do Ebola e os sintomas mais severos aparecem uma semana após a infecção,
com manifestações diversas que podem incluir de problemas renais e no fígado,
até o coma.
Médicos Sem Fronteiras
A organização MSF surgiu quando jovens
médicos e jornalistas que no fim dos anos 60, em Biafra, na Nigéria, socorriam
as vítimas de uma guerra civil brutal, perceberam a necessidade de melhora na
ajuda humanitária e observaram a dificuldade de acesso ao local, e todas as
barreiras políticas e burocráticas, que os faziam calar-se de diante de coisa
horríveis. Diante disso, foi fundada uma organização humanitária, que associa
ajuda médica e sensibilização da população sobre o sofrimento dos pacientes que
atendem, de modo a expor ao mundo, situações que não podem e não devem
permanecer negligenciadas. O MSF leva
assistência e cuidados preventivos a todo aquele que precisa de ajuda, independentemente
do país, principalmente em situações críticas, e em casos de extrema urgência,
como Epidemias, em que a mesma chega a fornecer água, saneamento, abrigos e
alimentos, mas atua também em situações em que há problemas sérios na oferta de
serviços gratuitos pra populações sem recursos financeiros.
A MSF é independente, neutra e imparcial, e escolhe, onde,
como e quando agir, de acordo com sua própria avaliação. Sua ajuda pode ser
disponibilidade entre 48 e 72 horas em casos de catástrofe natural, e essa
agilidade é decorrente de uma lógica extremamente eficiente iniciada em 1980,
no qual a organização utiliza kits pré-embalados, adaptados e personalizados
para cada contexto, contendo medicamentos, suprimentos e equipamentos básicos.
A Organização Médicos Sem Fronteiras também procura
sensibilizar e pressionar, juntamente a pacientes, órgãos, instituições
internacionais e a indústria farmacêutica, em prol dos direitos e para que as
pessoas mais pobres possam possuir medicamentos de qualidade.
Em 1999, MSF recebeu o Prêmio
Nobel da Paz.
Histórias de Sobrevivência e esperança
Sobreviver
ao Ebola representa vencer uma luta grandiosa contra um inimigo de armamento
bioquímico adaptado, e que ataca o organismo com brutalidade.
No meio
das muitas mortes, e das quatro mil vítimas desta doença, algumas histórias de
vitória surgem, e são motivação para o tratamento e cura dos demais. Como é o
caso do garoto Mamadee, de 11 anos, que foi admitido ao centro de tratamento de Ebola
em Foya, na Libéria, no dia 15 de agosto, foi diagnosticado, se recuperou, em
19 dias de tratamento, e alegrou a todos os médicos e enfermeiros com uma dança
de alegria tão inebriante e incansável que mal se podia acreditar que aquele
mesmo menino tinha sido portador de uma doença tão perigosa.
Mamadee, exibindo seu certificado de cura.
A
história de sobrevivência se repete também com Hawa, de 19 anos, que nasceu em Shegbwema, Serra Leoa,
e foi infectada quando uma amostra do sangue de seu sogro espirrou sobre ela. Os
sintomas haviam aparecido uma semana depois do contato, e começaram com dores
de cabeça e febre. Hawa ficou no centro de tratamento por três semanas e só
então, ganhou alta. Seu marido, entretanto, continuou no centro, tentando
sobreviver a infecção, como conta a jovem:
“Agora eu estou bem, estou forte. Quero ver minha filha, estou pronta para ver meu bebê. Eu sinto a falta dela, e sei que não há nada de errado com ela. Meu marido ficará em minha mente e em meu coração”.
Hawa, reencontrando sua filha.
Mais uma história comovente
aconteceu com Jattu, seu marido e sua filha de dois anos, Rosaline, que foram
diagnosticados com Ebola em uma das regiões mais afetadas do distrito de
Kailahum, de nome Daru.
Após um funeral, o marido começou
a se sentir mal (em postagens anteriores já foram debatidas as grandes taxas de
infecção durante os mesmos), e, dias depois, Jattu e Rosaline também adoeceram.
A família chegou ao centro de tratamento, com a Jattu muito doente, e com
chances ínfimas de sobreviver. Felizmente, para surpresa e motivação da equipe
médica, todos os três se recuperaram.
Jattu e sua filha
Essas histórias de superação
englobam também Ezekial, que no centro de tratamento Elwa 3, pulou de alegria
ao ser liberado, e comemorou dizendo: “Vou jogar futebol hoje mesmo”, e também
o menino Patrick, cuja história comovente levou uma Psicóloga, Ane Fjeldsæter,
de 31 anos, que saiu da Noruega para trabalhar com MSF em Monróvia, a escrever
sobre seu trabalho com pacientes com Ebola (o texto completo poderá ser
encontrado nas referências):
“A Libéria está dividida por uma cerca dupla laranja. Ela foi construída para manter a doença sob controle, para nos separar (os saudáveis, os privilegiados) deles (os doentes, os necessitados). Construímos a cerca para nos sentirmos menos mortais. E a fizemos com o nobre propósito da barreira sanitária. Patrick está no interior da cerca; eu, do lado de fora. Eu o vejo todos os dias e nós sorrimos e acenamos um para o outro. Ele é apenas uma criança, mas está brincando com meninos cinco vezes mais velhos, como se estivesse tentando compensar o fato de ser jovem demais para morrer. Eles jogam dama e pôquer, quando têm energia, e escutam a BBC Africa pelo rádio que eu trouxe um dia na minha roupa de “invasora espacial”. Patrick tem um sorriso torto, tímido, e um hematoma perto do olho direito. Acaba de perder sua mãe, mas seu pai está com ele neste lugar horrível. Todo dia eu digo a mim mesma: Ane, não perca o seu coração para esta criança que logo não estará mais entre os vivos. Ele está aqui por uma semana e, então, terá partido para sempre. Como você vai fazer o seu trabalho quando ele se for? Você não sabe com o que está lidando?”
Patrick
também sobreviveu. E como ele, muitos outros doentes de Ebola, venceram a
doença. Tais histórias trazem muito mais que incentivo, muito mais que alegria:
elas trazem esperança. Nos centros de tratamento, muitos dos ex-pacientes retornam
para ajudar os demais, e mostrar que a cura é possível, e assim, com luta e
perseverança o povo africano pouco a pouco vai vencendo a luta contra o vírus
Ebola.
Ezekial
Patrick e seu pai
Conclusão
O Ebola, durante
sua Epidemia, abalou profundamente os países afetados. Influenciou a política,
as relações entre os países, o sistema de saúde africano, causou impactos
econômicos em Guiné, Libéria e Serra Leoa, nos quais multinacionais pouco a pouco
encerram seus negócios, frente à ameaça do surto (A empresa
Caterpillar, de máquinas e motores,
retirou funcionários, a Canadian Overseas
Petroleum Ltd, interrompeu um projeto de perfuração, e a British Airways, cancelou voos para a
região), e cujos cálculos, preveem um grande défict orçamentário, na luta contra doença.
Diante
disso, vê-se quão importante se torna a ajuda de instituições com a MSF, quão necessária é ajuda internacional, e qual
a proporção desta guerra contra o Ebola, que as populações agora, com muita
raça, felizmente, estão começando a vencer.
E irão vencer.
Referências:
<http://www.msf.org.br/noticias/primeiros-testes-clinicos-para-tratamentos-de-ebola-vao-ter-inicio-em-estruturas-de-msf-em>
Acesso em 06 de dezembro de 2014.
<http://www.msf.org.br/noticias/psicologa-conta-sua-relacao-com-menino-doente-pelo-ebola-na-liberia>
Acesso em 06 de dezembro de 2014.
<http://www.msf.org.br/fotos/sobreviventes-do-ebola>
Acesso em 06 de dezembro de 2014.
A postagem foi muito interessante na medida em que trouxe as histórias de pacientes curados do Ebola, demonstrando haver esperança na cura dessa terrível epidemia, além de apresentar a importância da atuação médica nesse contexto, através dos Médicos Sem Fronteiras. Vale acrescentar, sobre os remédios que estão sendo utilizados no combate ao Ebola, que "As drogas experimentais foram utilizadas apenas em poucos pacientes. É claro que há grande interesse em todo o mundo sobre a possibilidade de elas poderem ajudar. Há também terapias adicionais que estão sendo discutidas. No entanto, há muito trabalho a ser feito para se descobrir quais seriam os benefícios terapêuticos. É importante que esse trabalho seja levado adiante, especialmente no contexto da epidemia atual. Mas também é importante garantir que sejam seguras para as pessoas e que haja também alguma comprovação de sua efetividade."
ResponderExcluirFonte:http://www.dw.de/drogas-experimentais-contra-o-ebola-podem-ser-faca-de-dois-gumes-aponta-especialista/a-17906123
Encontrar a cura para o vírus ebola, é uma questão de tempo, visto que o surto dessa doença despertou um maior número de pesquisas que tratassem sobre o combate efetivo contra o vírus, com base no desenvolvimento de novas drogas. Um grupo de cientistas propôs que as autoridades americanas busquem a vacina e tratamentos para o vírus ebola nos anticorpos do sangue de sobreviventes. A teoria é baseada no uso do chamado soro convalescente, que já foi dado a pelo menos quatro pacientes que se recuperaram nos Estados Unidos. A técnica é chamada de imunização passiva, e vem sendo utilizada desde o século XIX, apesar de ter sido substituída em grande parte pela vacinação. Os cientistas recomendam o uso de novas tecnologias para encontrar centenas ou até milhares de anticorpos do vírus, determinar sua "receita" genética e produzi-los em quantidades industriais, para, ao fim, combiná-los em um único tratamento, semelhante ao coquetel utilizado em pacientes com HIV. As drogas hoje em desenvolvimento são todas baseadas em um pequeno número de moléculas capazes de combater o ebola. Entre os defensores da ideia estão os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina David Baltimore, especialista em biologia molecular do sistema imunológico, e James Watson, um dos descobridores do formato de dupla-hélice do DNA.
ResponderExcluirReferência: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/cientistas-sugerem-que-a-cura-para-o-ebola-pode-estar-no-sangue-dos-sobreviventes
Muito interessante a postagem ao mostrar que várias pessoas já foram curadas dessa grande epidemia que assola o mundo, dando assim esperança para muitas pessoas que ainda estão enfermas e sem perspectiva de cura. Gostei também da parte que fala sobre os Médicos Sem Fronteiras, já que como dito no blog este leva assistência e cuidados preventivos a todo aquele que precisa de ajuda, independentemente do país, principalmente em situações críticas, e em casos de extrema urgência, como Epidemias, em que a mesma chega a fornecer água, saneamento, abrigos e alimentos, mas atua também em situações em que há problemas sérios na oferta de serviços gratuitos pra populações sem recursos financeiros.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, aprendi muito sobre essa doença que matou milhares de pessoas pelo mundo!
Obrigado, Brenda. Comentar o seu blog foi uma experiência muito boa. Parabéns pelo seu belíssimo trabalho.
ExcluirO diretor do Instituto de Saúde do Hospital Carlos III e membro da comissão especial para o gerenciamento da doença provocada pelo vírus ebola, Antonio Andreu, afirmou que a equipe médica que está atendendo a auxiliar de enfermagem Teresa Romero tem “esperanças dentro da prudência” quanto a uma possível evolução favorável da paciente. Ele, no entanto, também lembrou que “em medicina, fazer afirmações preditivas é tremendamente arriscado”. “À medida que os dias vão passando, as esperanças de sobrevivência vão aumentando, principalmente se o quadro da paciente se mantém estável”, afirmou Andreu. O diretor ressaltou que as 15 pessoas que estão isoladas após terem tido contato com Teresa Romero continuam sem apresentar febre. “Já faz quase oito dias que eles estão nessa situação. A partir desse prazo está demonstrado que a probabilidade de desenvolver a infecção cai de maneira bastante significativa. Cada dia que passa é um dia de vitória para nós”, disse ele.
ResponderExcluirhttp://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/internacional/1413187914_399828.html
As várias postagens nos deram uma boa ideia sobre esse problema, contribuindo para o nosso amadurecimento. Fica a ideia de que da mesma forma que é importante conhecermos as doenças, nesse exemplo o e-bola, sob diversos aspectos, desde os processos fisiológicos, sem, no entanto, esquecer os determinantes socioeconômicos. Tudo nessa vida funciona, ou não funciona, dependendo desse maldito aspecto econômico. Se o e-bola tivesse afetado mercados importantes, com certeza, era uma vez e-bola. Por fim, devo me solidarizar com as organizações que estiveram e estão na luta para dar um pouco de dignidade a esse povo como, por exemplo, "Médicos Sem Fronteira" ! Parabéns, Davi, você foi muito eficiente em comunicar sobre o e-bola.
ResponderExcluirObrigado. Parabéns a você também pelo blog "A Bioquímica do Esporte", sempre coerente e de temas aprofundados e muito bioquímicos.
ExcluirAinda não se sabe, exatamente, por quanto tempo uma pessoa que esteve infectada com o ebola pode transmitir o vírus. Embora a recuperação de uma infecção possa durar até 21 dias, o mesmo período de incubação, a OMS já registrou a presença do vírus no sêmen de um homem mesmo 61 dias após ele ter sido considerado curado.
ResponderExcluirTambém não se sabe o que faz com que uma pessoa tenha chances maiores de sobrevivência do que outra, mesmo que o diagnóstico ocorra a tempo nos dois casos. Especialistas suspeitam que a genética também tenha um papel no desenvolvimento da doença - por isso, em populações com menor variabilidade genética, como em algumas regiões afetadas pela epidemia atual, o Ebola seria devastador.
FONTE
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2014/07/o-que-acontece-com-quem-sobrevive-ao-ebola.html