V
- A EPIDEMIA EBOLA:
E
AS SUAS RAÍZES NA SOCIEDADE AFRICANA
Entenda um pouco sobre a relação entre a sociedade
africana e a doença considerada por muitos a mais devastadora já descoberta na
história da humanidade.
"O
mundo está perdendo a batalha para o ebola."
MSF
Em menos de um mês após declarar
estado de emergência, a OMS anunciou que o Ebola tornou-se uma ameaça global,
e, atualmente, o mesmo devasta o oeste do continente africano como nunca antes.
Inicialmente surgido como uma
doença desconhecida às margens do Rio Ebola, em meados de 1976, (ocasionando
431 mortes), e aparecendo novamente em surtos em 1995, 2000 e 2007, o vírus
Ebola atualmente, tem causado desde dezembro de 2013, a maior epidemia da
doença já registrada nos últimos 40 anos, com 2800 mortes e mais de 5000
diagnosticados.
Desta vez, entretanto, a doença
não se restringiu a aldeias, mas atingiu centros urbanos na África, atravessou
continentes, foi responsável pela contaminação dos primeiros não africanos, e
em consequência disso, causou uma situação de pânico e alerta mundial, fator
esse que se soma a um caos completo nos países africanos atingidos que se vêem
assombrados com o grandioso número de vítimas.
Nesta postagem, dando
continuidade ao tema proposto pelo Blog, serão discutidos os fatores que
propiciam o grande desenvolvimento desta epidemia na África, assim como os
pilares históricos que sustentam a atual crise no sistema de saúde.
As
raízes históricas da Epidemia
Dentre os muitos fatores que
propiciam a crise de Ebola que os países africanos (Guiné, Libéria, Serra Leoa,
Nigéria e Senegal, e mais recentemente o Congo), enfrentam atualmente, o
precário Sistema de Saúde, é um dos principais, e as explicações para tal fato
estão demonstradas na própria história do povo africano.
Engana-se quem pensa que a crise
atual do sistema de saúde é decorrente somente do Ebola. Como defende o
sociólogo Acácio Almeida, tal precariedade é um problema crônico, (mas somente
lembrado fora da África em situações como a atual), e que decorre
principalmente das medidas estipuladas pela comunidade internacional,
principalmente pelos países ricos, desde o processo de independência da maior
parte das nações africanas, que ocorreu entre as décadas de 50 e 70 do século
passado. Estipulou-se ali, que estes países seriam obrigados a pagar suas
dívidas externas, fator esse que desvalorizou a moeda nacional, e desviou para
o exterior o dinheiro que seria necessário em um trabalho em prol da reconstrução
e estruturação de suas instituições, como as de saúde, por exemplo, que, se
tivesse sido feito, teria amenizado ou até mesmo evitado, a crise atual.
Ao analisarmos historicamente os
países afetados pelo surto atual, tornam-se ainda mais evidentes os motivos
para a disseminação da doença. Guiné, Serra Leoa e Libéria passaram por guerra
civil recente, e estão mais frágeis aos estragos da epidemia Ebola visto que
investiram seus capitais em guerra, ao invés de saúde.
Além disso, somando-se a esse
fator, tem-se o desenvolvimento da mobilidade das populações, propiciado pelas
mudanças econômicas, aumento da distribuição de novas tecnologias comunicação e
transporte, e até mesmo tensões político-sociais, que tem acarretado um maior
deslocamento de indivíduos entre fronteiras de países vizinhos, e até
continentes, o que, consequentemente, contribuiu para a disseminação da doença,
e o pânico mundial.
Cultura
Um grande obstáculo para o
tratamento de Ebola pela OMS, tem sido a cultura do povo africano, que favorece,
de forma perigosa, a transmissão do Ebola.
Dentre as muitas questões citadas no comunicado oficial realizado pela
entidade, algumas se mostraram importantes, como casos de famílias que
escondem pessoas contaminadas em casa (o que aumenta o risco de contaminação
dos mesmos e contribui para a superlotação do sistema), ou de pessoas que escondem os
sintomas com medo do estigma e rejeição social após a contaminação, e também por negação da doença, fato esse, que tem se mostrado uma grande resistência enfrentada
pelos profissionais de saúde, e que fica bem clara no caso apresentado no
início da postagem passada, em que a equipe médica foi agredida por um jovem em
Serra Leoa, quando tentou levar uma senhora de 90 anos para o centro de
tratamento do Ebola.
Ainda segundo a OMS, outros fatores culturais facilitadores de transmissão, incluem o medo das pessoas dos médicos (que, na visão deles, vestem roupas estranhas como "fantasmas" e trazem os seus parentes quase sempre mortos depois de os levarem), assim como os rituais funerários em algumas localidades dos países atingidos. Nestes
lugares, os funerais são práticas importantes e cerimoniosas, que envolvem
pessoas lavando e tocando o corpo do falecido, (que dependendo da cultura pode ocorrer por vários dias) em demonstração de amor à pessoa
perdida.
Entretanto, estudos já demonstraram que nas últimas horas antes da
morte, o vírus se torna extremamente contagioso e, por isso, como já foi
debatido anteriormente em postagens passadas, o risco de transmissão a partir
do cadáver é muito maior, o que exige, no caso dos funerais, intervenção urgente.
No entanto, o grande problema é a forma de tratar tal situação, visto que pelo fato de ser uma cultura totalmente diferente, tais rituais não podem ser abordados de uma forma simplista. Para eles, a transferência de fluídos, de certa forma, está na base da sociedade, e, segundo o que acreditam, se o indivíduo não puder mexer no morto, ele estaria indo contra os princípios de sua cultura e colocaria em risco sua própria ancestralidade, por exemplo. Tal fato é um dos principais motivos que os leva a negar as medidas de segurança que devem ser tomadas com os corpos, e chegarem a oferecer suborno aos agentes de saúde para poderem realizar seus rituais, como mostrou recentes reportagens de televisão.
No entanto, o grande problema é a forma de tratar tal situação, visto que pelo fato de ser uma cultura totalmente diferente, tais rituais não podem ser abordados de uma forma simplista. Para eles, a transferência de fluídos, de certa forma, está na base da sociedade, e, segundo o que acreditam, se o indivíduo não puder mexer no morto, ele estaria indo contra os princípios de sua cultura e colocaria em risco sua própria ancestralidade, por exemplo. Tal fato é um dos principais motivos que os leva a negar as medidas de segurança que devem ser tomadas com os corpos, e chegarem a oferecer suborno aos agentes de saúde para poderem realizar seus rituais, como mostrou recentes reportagens de televisão.
Além desses problemas, alguns padres católicos têm instigado a população na Libéria, e realizado grandes missas pela cura do ebola por achar que a doença é uma praga à humanidade em punição aos homossexuais.
Até autoridades políticas, como a própria presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, tem tomado medidas que podem potencializar os problemas causados pelo Ebola, fazendo uma declaração pedindo que os liberianos fizessem três dias de jejum, algo totalmente incoerente com um país pobre e cheio de famintos, principalmente tomando por base bioquímica que um corpo bem alimentado e com todos os nutrientes necessários teria maior força para vencer a doença. Naturalmente, na África, sem levar em conta o contexto opressor do Ebola, a mortalidade das crianças aumenta progressivamente devido à desnutrição em massa, causada pela falta de alimentos energéticos e proteínas, que fazem com que as mesmas percam a capacidade de combater infecções. Imagine agora o caos que causaria três dias de jejum, em pessoas que já eram suscetíveis a pegarem a doença.
É evidente que não se pode tratar
tal realidade, profundamente influenciada por fatores culturais, com medidas policiais, ou de repreensão, mas muito mais de
conscientização, sempre tendo em mente que, pela facilidade da contaminação, e pelos fatores
culturais apresentados, garantir a segurança dos funerais é parte crucial da
administração de um surto de Ebola.
A pobreza e o Ebola
Toda
a logística da transmissão do ebola é desafiadora para a equipe de saúde que
com ele lida, visto que muitas vezes, as mesmas atuam em uma região muito
isolada, perto de florestas, e que tem déficit de estradas e de meios de
comunicação, o que resulta em uma maior dificuldade para levar os materiais
necessários, e até chegar a ter acesso a população - população essa, que
muitas vezes é pobre, mora em condições precárias e já possuía, mesmo antes da
crise, problemas com diversas outras doenças, que aliás, matam muitos mais
africanos do que o Ebola, como a Malária e a extrema desnutrição.
Tal
segregação fica clara em um depoimento de um médico que trabalha para sanar
este surto:
“Por
que é preciso lembrar que o ebola ataca os pobres destes países africanos. A
classe média, a elite, não estão sofrendo com este surto”.
As razões para tal fato decorrem
principalmente do modo de vida das populações mais pobres que algumas vezes
vivem da caça, ou em contato com as florestas (que devido ao contágio
proveniente de animais como os morcegos frutívoros e macacos, ou ainda de frutas
contendo saliva contaminada, por exemplo, torna-se um grande risco), e tem uma
condição que não lhes permite seguir as regras básicas de prevenção, como só
efetuar o contato com os doentes utilizando utensílios apropriados, evitar o
contato com fluidos corporais, ou descartar adequadamente objetos de parentes
doentes.
Diante desta situação, torna-se
evidente a necessidade de maior
intervenção dos demais países, para que as equipes médicas sejam melhores
assistidas, com mais investimentos e pessoas, e tal fato lhes garanta a
possibilidade de atingir mais populações, passando as regras de segurança
através de campanhas de conscientização, e identificando assim, mais infectados,
prevenindo novas transmissões, salvando mais vidas, e plantando uma semente para vencer a batalha, que, como disse o comentário que inicia esta postagem, atualmente o mundo está a perder, contra o Ebola.
Em
breve...
Sobre o
Ebola, muitas perguntas podem surgir:
O que é
MSF e quais os riscos dos profissionais da saúde que trabalham com o Ebola? É
possível a cura total? Tem Ebola no Brasil? O Ebola seria um grandioso
embuste? Como se dá a Bioquímica do Ebola?
Esses são
alguns dos assuntos que serão trabalhados nas próximas semanas.
Até.
Referências:
<
http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/mundo/noticias/2014/09/08/-Especial-Ebola-evidencia-abismo-mundo-Africa_8031473.html>
Acesso em 01 de novembro.
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0042-96862000001200019&lng=pt&nrm=iso> Acesso em 25 de outubro de 2014.
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/patriciacamposmello/2014/08/1503672-por-que-estou-aqui.shtml> Acesso em 25 de outubro de 2014.
A compreensão da cultura local é de fato um dos pilares básicos para entender o surto do Ebola e para saber como lidar de forma adequada com a população. Durante a época do Neocolonialismo, as fronteiras dos países africanos foram criadas pelos países ricos, sem levar em consideração a enorme diversidade cultural ali existente, o que gerou na região um enorme potencial para guerras entres as diversas etnias. Esse fato, aliado à histórica exploração desses povos por grupos mais ricos, gerou uma grande desunião e falta de sentimento de nação em vários dos países africanos, o que contribuiu para a manutenção da precariedade econômica e social e, consequentemente, para a inexistência de um sistema de saúde adequado. Além disso, a falta de informação ainda gera inúmeros problemas na contenção de epidemias como a do Ebola ("Grupos de ajuda humanitária como o Médicos sem Fronteiras (MSF) e a Cruz Vermelha estão enfrentando cada vez mais resistência em seus trabalhos nas aldeias e povoados rurais da região: muitas comunidades estão fazendo barricadas e reagindo com hostilidade à presença dos agentes de saúde, considerando-os os culpados pela epidemia."). Desse modo, é fundamental que haja uma comunicação com a população respeitando a cultura local (através de líderes religiosos locais, por exemplo), de modo a orientar as pessoas sobre a forma de contágio da doença e como evitá-la (não tocando nos mortos, não escondendo doentes, etc). Além disso, também se faz necessária a continuidade da ajuda externa aos países afetados, já que seu sistema de saúde não é capaz de lidar com tal epidemia sozinho.
ResponderExcluirReferências:
Excluirhttp://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2014/08/epidemia-de-ebola-e-agravada-por-panico-e-habitos-culturais-da-africa-ocidental.html
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/medicos-falam-sobre-o-surto-de-ebola-na-africa-e-se-ha-risco-para-o-brasil.html
É muito importante saber a influência que a cultura africana tem sobre a epidemia mundial atual, que é o ebola. O precário e ineficiente sistema de saúde pública vem desde sua colonização pelas potencias mundiais, haja vista os países africanos tiveram que passar anos e anos pagando dívidas externas, deixando assim de investir em infraestrutura para a saúde, e também o frequente tráfego de africanos para diversos outros países, em busca de melhores condições de vida, foram fatores que ajudaram na disseminação da doença pelo mundo. Além de que a cultura deles engloba a realização de rituais com cadáveres, afim de ‘lavar a alma’ do morto, e o contato com cadáveres transmite a doença, pois após a morte de um individuo contaminado ainda há transmissão do vírus, por isso os mortos devem ser imediatamente cremados, e muitas pessoas também se escondem em suas casas, mesmo sabendo que estão doentes, com medo da rejeição social. Mas o fato mais importante acerca da disseminação do ebola é que muitos africanos vivem em condições precárias, sem instruções, impedindo-os assim de seguir algumas regras básicas para evitar a contaminação. Logo é muito importante a ajuda não só dos governos africanos ao combate dessa doença, mas sim uma ação conjunta de todos os continentes afim de frear essa contaminação pelo mundo.
ResponderExcluirApenas uma pequena porção do continente sofre com a crise de ebola, mas como afirma o post, a crise revela a condição de saúde precária com raízes históricas.
ResponderExcluirAs péssimas condições de vida da população africana são divulgadas por todo o mundo através dos meios de comunicação.A baixa qualidade de vida desse povo é proveniente dois principais fatores: a dívida externa e a corrupção.
A dívida externa consome grande parte da receita das nações, além disso, existe ainda o desvio de verbas, de recursos que deveriam ser investidos em serviços sociais básicos. Por isso, grande parte da população africana não desfruta de políticas assistencialistas
A África é o continente que apresenta a maior taxa de crescimento vegetativo do mundo, cerca de 1,9% ao ano, fato que agrava ainda mais os problemas sociais existentes (epidemia de doenças, fome, desemprego, e muitos outros).
O nível de mortalidade é elevado, resultado numa população majoritariamente jovem, com uma população economicamente ativa reduzida.
FONTE
http://www.brasilescola.com/geografia/condicoes-vida-povo-africano.htm
Diferentemente de outras enfermidades, o risco de transmissão do vírus ebola permanece mesmo alguns dias após a morte do paciente. Entretanto, o trabalho da Cruz Vermelha e dos Médicos sem Fronteiras não tem sido fácil por causa das práticas das culturas locais.Em um enterro tradicional em comunidades africanas, familiares ficam incumbidos de lavar o corpo do morto e envolvê-lo em panos. Parte dos ritos funerários de algumas regiões afetadas pelo surto segue o que milenarmente é feito. As pessoas usam suas próprias mãos para preparar o corpo, velar o corpo e até mesmo enterrar. Resistindo às orientações dos médicos, algumas famílias escondem os corpos das vítimas e promovem enterros clandestinos de madrugada. Com isso, o vírus se dissemina ainda mais. E isso mostra que a solução para o ebola parte de uma conscientização maior por parte dos africanos quanto aos perigos da doença.
ResponderExcluirReferência: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/09/como-os-rituais-tradicionais-na-africa-podem-espalhar-o-ebola.shtml
A construção social de epidemias pelas classes dominantes costuma se basear num pretenso caráter aleatório e incontrolável da doença. Nesse caso, agravado pela letalidade do ebola, ou seja, o número de mortes entre os que adoecem está em 56%, mas, de acordo com a OMS pode variar entre 25% a 90%. Seria a epidemia de fato incontrolável ou pode ser evitável? Poderia haver menos mortes? A atual epidemia e sua alta letalidade são fruto da precariedade das condições de vida do povo e pela incapacidade dos governos dos países africanos de minimizar o problema, pela ausência ou insuficiência de sistemas de saúde públicos adequados. Há uma construção social da África como países pobres. Na realidade, a pobreza é decorrência da rapina que o imperialismo lá realiza.
ResponderExcluirSerra Leoa e Libéria são ricos em diamantes e outros minerais que poderiam servir para o desenvolvimento desses países numa perspectiva de satisfação das necessidades de seus povos. Mas grupos de poder locais, na disputa por quem se tornará uma burguesia compradora, representante local do imperialismo na exploração dos minerais, levaram a guerras civis que devastaram ambos os países nos últimos dez anos. A Guiné possui um terço das reservas de bauxita já descobertas no planeta, 1,8 bilhão de toneladas de minério de ferro, grandes depósitos de diamante e de ouro e quantidades ainda indeterminadas de urânio.
Por não ter sido considerada ameaça para os países ricos e atingir, até o momento, populações pobres, vacinas e soros contra o ebola foram descartados como objeto prioritário de pesquisa e produção pelos oligopólios farmacêuticos.
http://www.anovademocracia.com.br/no-136/5507-epidemia-de-ebola-na-africa-morrendo-sobre-diamantes
A cultura desses povos realmente tem se tornado um desafio para as autoridades e organizações de saúde. Algumas comunidades acreditam que essa doença é um castigo divino e por isso desconsideram as orientações médicas para evitar o contágio dos sadios ou agravamento dos pacientes já doentes. Boa parte das pessoas hostilizam os profissionais de saúde, culpando-os pela doença, e vendo os postos de saúde como abatedores dos enfermos. Por tudo isso, a cultura tem sido um quase empecilho no controle e tratamento dessa doença. Fonte : http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2014/08/epidemia-de-ebola-e-agravada-por-panico-e-habitos-culturais-da-africa-ocidental.html
ResponderExcluirO Ebola pode ser transmitido por animais e humanos. Não é uma doença transmitida pelo ar. A transmissão de humanos para humanos se dá por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corpóreos de uma pessoa infectada com Ebola e somente quando o paciente apresenta sintomas da doença. O contato direto com cadáveres, durante os rituais fúnebres, por exemplo, é uma das principais formas de transmissão da doença. Nas últimas horas antes da morte, o vírus se torna extremamente contagioso e, por isso, o risco de transmissão a partir do cadáver é muito maior. Apesar de os meios de transmissão do ebola não serem tão amplos quanto de outras epidemias como a gripe suína, a doença ainda está se alastrando rapidamente. Isso se explica quando são notadas as condições nos países mais atingidos por ela. A falta de infraestrutura no tratamento médico, onde faltam hospitais e os que existem estão em estado precário; a cultura que envolve o toque do corpo do morto nos enterros; a vergonha da doença; o medo dos médicos; todos esses fatores contribuem bastante para a proliferação do ebola no continente africano. Nota-se a necessidade de ajuda por parte dos países mais desenvolvidos, para que evite o alastramento da doença e para que os acometidos por ela recebam tratamento adequado.
ResponderExcluirFonte: http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/ebola